Escola das Emoções

O percurso de formação

No caminho formativo, em qualquer que seja a área de abrangência mas mais ainda quando falamos de emoções e de temas tão profundos, é importante olharmos primeiro para nós mesmos antes de querer transmitir conhecimento, sob pena do conteúdo se tornar vazio e sem alma.

A formação de Facilitadores de Educação Emocional, pela Escola das Emoções, não descura esta importância, pelo contrário, atribui-lhe um grande destaque. A formação é composta por dois módulos, sendo que o primeiro é dedicado exclusivamente ao auto-conhecimento, ao desenvolvimento pessoal de cada um dos participantes. Só quando fazemos primeiro esse trabalho interno poderemos partilhar de corpo e alma, com a mais valia da experiência própria, todos estes conceitos tão profundos, e por vezes complexos, ligados à Inteligência Emocional.

O programa de formação de facilitadores de Educação Emocional é, portanto, composto pelos seguintes módulos:

“Conhece-te a ti mesmo” é uma formação online que pode ser feito separadamente da formação de facilitadores, e destina-se a todos aqueles que pretendem aprofundar os seus conhecimentos em Inteligência Emocional ao mesmo tempo que desenvolvem o autoconhecimento e adquirem estratégias de autorregulação. Esta formação online imersiva, conta com duas vertentes aliadas: a teoria e a prática. À medida que vamos abordando os diferentes conteúdos, há a oportunidade de aprofundar o autoconhecimento vivenciando assim, na primeira pessoa, todos os benefícios da Inteligência Emocional.

“Lupa – A aventura das emoções” através de jogos, dinâmicas, trabalhos em pares, grupos e individuais, pretende-se ajudar as crianças no processo de perceber e gerir as suas emoções, definir e alcançar objetivos positivos, sentir e mostrar empatia pelos outros, estabelecer e manter relacionamentos positivos e tomar decisões responsáveis. Esta é uma metodologia exclusiva, desenvolvida pela Escola das Emoções, orientada segundo o modelo CASEL (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning).

‘ Cuidadora de Emoções ‘

A importância da educação emocional desde a primeira infância

Cada vez mais ouvimos falar de “soft skills” – competências pessoais/transversais – e da importância crescente que elas têm, principalmente no mercado de trabalho, como um dos fatores de seleção de recursos humanos. Já não basta apenas saber fazer um ofício, mas é cada vez mais valorizada a pessoa enquanto indivíduo e não apenas como profissional.

Felizmente tem cada vez mais peso o QE (coeficiente de inteligência emocional) e não apenas o QI (coeficiente de inteligência). Para desenvolver o QE é necessário um trabalho interior de desenvolvimento pessoal muito consciente e intencional. E acredito que este caminho possa (e deva) ser começado desde a primeira infância. Que a Educação Emocional não seja apenas mais uma disciplina formal e institucional, mas sim que faça parte, organicamente, da forma de educar contemporânea, seja em meio familiar seja em meio escolar/académico.

O programa que ponho em prática neste momento no pré-escolar é baseado no programa original “LUPA – A Aventura das Emoções”, da Escola das Emoções, que foi criado para crianças dos 4 aos 10/12 anos de idade, avaliado e validado pelas Academias Gulbenkian do Conhecimento.

A adaptação que desenvolvi chama-se “Abraçar as Emoções – O que sentes, por dentro e por fora”. É uma adaptação no sentido em que houve necessidade de traduzir alguns dos conteúdos e dinâmicas para uma linguagem e acessibilidade ao nível cognitivo específico de crianças dos 4 aos 10 anos de idade. O programa procura desenvolver na criança competências-chave como a autogestão, a autoconsciência, a consciência social, a consciência de relacionamento e a tomada de decisão responsável. Tudo isto através de dinâmicas muito variadas e divertidas, de forma a colocar o mais possível na prática os ensinamentos teóricos, usando muito o corpo e o movimento, para a compreensão e assimilação do conteúdo.

Acredito que só conhecendo e cuidando das nossas emoções, pensamentos, sentimentos, comportamentos, conseguimos verdadeiramente fazer um caminho alinhado com a nossa verdadeira Natureza e em harmonia connosco mesmos e com quem nos rodeia.
Acredito que crianças que conhecem o vocabulário das emoções e se sabem exprimir emocionalmente menos necessidade terão de se fazer ouvir de formas menos positivas e harmoniosas.
Acredito que, tal como se aprende a contar até 10 desde tenra idade, se pode aprender a dar nomes ao que sentimos no corpo e de que forma isso afeta o nosso comportamento e nosso bem-estar, assim como a forma como nos relacionamos com os outros.