Amma, doula… Diana

rótulos e títulos

Intitulo-me por vezes de “Doula na Parentalidade”, por sentir esse desafio que é rotular a minha atividade englobando as suas diferentes especificidades. A palavra ‘doula’ contém em si, etimologicamente, um sentido de ‘servir’ de ‘estar para o outro’. Faz-me portanto todo o sentido usar esta palavra para definir quem sou / o que faço. Mais recentemente foi-lhe atribuída uma associação intencional ao acompanhamento de pais no parto e pós-parto, mas na sua essência este conceito de doulagem centra-se numa missão de servir, de acompanhar, de estar disponível. 

‘Amma’ é uma palavra usada em muitas culturas diferentes, mas em todas com o mesmo sentido de ‘mãe’, ‘guia maternal’. Em Sânscrito é usada num sentido de ‘mãe espiritual’ e era o nome que se dava muitas vezes à Abadessa, no seu papel de ‘guia espiritual’. Em Português soa ainda a uma forma verbal do verbo Amar, o que faz ainda mais sentido!

Não tenho a pretensão de me intitular como guia ou mãe. Faz-me sim sentido associar este plano maternal e espiritual à minha imagem, à minha forma de cuidar, à minha prática.

Dito isto, sou apenas a Diana, um ser humano com o coração aberto e um sentir intenso, em constante trabalho interno de sincronização com frequências cada vez mais puras e elevadas. 

Sou uma Semente de Estrela em trabalho por um Mundo mais gentil e amoroso.

Quem eu sou

um breve resumo de tantos capítulos de vida

Tenho natureza de cuidadora, desde que me conheço. Cuidar sempre foi a minha forma de ajudar, de acompanhar, de doar, de intervir no meu contexto. 

Mas foi quando (re)nasci Mãe que tanta coisa mexeu dentro de mim que se tornou impossível manter tudo como estava, e começaram a manifestar-se interesses, desejos e paixões, nomeadamente pela área da Parentalidade Consciente. 

Entre 2004 e 2021 vivi (vivemos) entre Portugal e os Países Baixos e foi por lá que iniciei a minha actividade de babysitter e me envolvi, mais recentemente, nas áreas de Doula de Parto e Pós-Parto.

Em Junho de 2021 decidimos, em família, quebrar a rotina automatizada do ciclo capitalista e embarcámos num “ano sabático”, apenas com 1 conta poupança e uma autocaravana, de volta às nossas raízes em Portugal. Foi – tem sido – uma jornada incrível, densa, rica em aprendizagens e auto-descobertas, de encontro de mim mesma enquanto pessoa e profissional.

Foi durante esse processo que várias peças do puzzle da minha vida se reposicionaram e me fizeram sentir que a minha Natureza de Cuidadora, poderia neste momento ser manifestada em forma de Ama. O percurso de formação que segui permite-me hoje estar a trabalhar não como ama, neste momento, mas como responsável de berçário numa família-casa-instituição, onde me sinto muito realizada pessoal e profissionalmente.

Tal como me é impossível separar o que sou do que faço, também não me é possível separar e isolar o meu conhecimento das diversas áreas de atuação, contendo-os em caixas estanques. No meu cuidar enquanto Educadora ou até Babysitter, facilito de forma natural Educação Emocional. Da mesma forma como, enquanto Facilitadora de Educação Emocional, mantenho sempre como meu foco principal o cuidar da criança no respeito pelo seu desenvolvimento individual. Também o acompanhamento aos pais e outros cuidadores primários tem como princípios fundamentais os valores que me guiam nas minhas outras práticas. A Missão é a mesma, mesmo que as intenções sejam individualizadas.